Porta do Meio

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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Brasília se firma como destino para o público LGBT


A dissertação de mestrado da pesquisadora Agatha Guerra, do 
Centro de Excelência em turismo (CET) da UnB, revela que 
Brasília está se consolidando como destino turístico de público
LGBT.


 Gay-friendly é a expressão usada para designar lugares e 
estabelecimentos considerados "amigos da diversidade",
ou seja, que respeitam a orientação sexual das pessoas.
E a dissertação de mestrado da pesquisadora Agatha Guerra,
do Centro de Excelência em Turismo (CET) da UnB, revela
que Brasília está se consolidando como destino turístico de 
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis,Transexuais e Transgêneros
(LGBT). 

A pesquisa constatou que existem boas opções de lazer na capital
federal voltadas ao público LGBT. 
Foram mapeados 16 estabelecimentos, como bares, restaurantes e
cafés, além de seis saunas, nove festas mensais e oito locais para
a realização de festas.

Segundo consumidores, empresários e gerentes de 
estabelecimentos mais frequentados ou de preferência do 
público LGBT, esse tipo de turismo em Brasília é tímido. 
Entretanto, a pesquisadora ressalta que a cidade é nova e as 
opções estão crescendo.

"A oferta de entretenimento para a comunidade LGBT em Brasília
não pode ser comparada com a que vemos em cidades com mais de
quatro séculos de existência, como é o caso do Rio de Janeiro,
São Paulo, Salvador e Recife. A capital federal é considerada uma 
urbe jovem e, por isso, podemos afirmar que a quantidade de 
estabelecimentos de lazer voltados ao segmento é considerável",
pondera Guerra. 

De acordo com a pesquisadora, as atuais conquistas e os avanços 
nos direitos dos homossexuais, em especial, o reconhecimento da
união homoafetiva no Brasil, levaram empresários e governos a ter
outra percepção desse segmento e a começar a investir em 
entretenimento, lazer e turismo inclusivo. 

"No geral, a comunidade homossexual gasta cerca de 30% a mais
em consumo e possui maiores níveis de escolaridade e 
remuneração que a média da população, sendo consumidores 
em potencial de entretenimento e cultura. 
Além disso, normalmente, os casais homoafetivos não têm filhos,
possuindo gastos fixos menores", afirma Guerra.

Na visão de Agatha Guerra, os desafios para Brasília ser 
considerada, de fato, uma cidade gay-friendly são a capacitação 
de mão de obra para atender esse público, o fortalecimento e a 
ampliação de políticas públicas que promovam ações de 
acolhimento e respeito à diversidade sexual, além de iniciativas 
que estimulem a atração dessas pessoas para a capital.

"Durante a pesquisa, o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) 
nos informou sobre a intenção de divulgar, a partir deste ano, a 
capital do país como um destino LGBT, ao lado de Recife, 
São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro. 
Acho que será um impulsionador para consolidar Brasília
nesse segmento", destaca a servidora do CET.


Fonte: UnB Agência. 

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