Porta do Meio

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domingo, 29 de março de 2015

Meu filho é gay,e agora?



   Reflita sobre como os pais podem lidar com essa descoberta

  A resposta é simples na teoria,mas será preciso esforço
consciente para incorporá-la:e agora,o fato é que ele continua
a ser seu filho.Nada mudou neste quesito e,acredite,fazer
chantagem emocional ou discurso religioso não fará seu filho
deixar de ser homossexual.No máximo,ele aprenderá a
mentir para você,o que,convenhamos,sai completamente
do projeto de um relacionamento familiar saudável.
 
  O Brasil é um país onde ser homossexual gera bem menos
problemas do que em outros lugares.Em nosso país,uma 
pessoa homossexual pode deixar pensão para seu companheiro
ou companheira,pode adotar crianças,pode realizar união civil...
Os homossexuais têm muitos direitos conquistados e,muito
embora ainda faltem tantos,grandes passos já foram dados e
continuarão a ser.

   Deste modo,se você realmente se preocupa com a
possibilidade de seu filho"sofrer mais"por ser homossexual,
esforce-se para não ser você mais uma razão para sofrimento
na vida dele.Em geral,pessoas homossexuais aprendem a não
ligar para eventuais manifestações de preconceito.Alguns
até reagem e ensinam grandes lições aos preconceituosos.
Mas quando o preconceito vem da própria família,
principalmente dos pais,este tipo de sofrimento é quase
irrecuperável.Gera mágoas profundas e feridas difíceis
de cicatrizar,Não é à toa que a incidência de tentativas
de suicídio é maior entre gays - não é porque eles são
gays que tentam se matar,é por causa dos pais que não
os aceitam como são!Você,que deu a vida a seu filho,
pense no horror que seria tornar-se provável colaborador
da causa de sua morte.Você,que deu a vida a seu filho,
pense em como será maravilhoso colaborar para sua
felicidade.E não há maior felicidade do que poder
ser aquilo que se é,com o apoio daqueles que dizem
nos amar.

   E agora? E agora,aceite.Acostume-se.Seu filho é o
que é,e o que ele é,vai muito além de uma extensão sua.
Ele não é um robô,não é um projeto.É uma pessoa com
desejos próprios.Admire-o por isso.E não apenas"tolere"
sua preferência sexual. Respeite.
                      Ame seu filho...

Fonte: Personare/Alexey Dodsworth

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